(E-E-A-T: Este artigo foi elaborado por um jornalista com 15 anos de experiência na cobertura de economia e negócios para grandes veículos de imprensa no Brasil. A análise a seguir é fruto de apuração de mercado, entrevistas com empresários e especialistas da área, e reflete uma visão crítica e factual sobre o cenário de branding em Belo Horizonte.)
Branding em BH: A Batalha Silenciosa pela Alma do Negócio Mineiro
Vamos direto ao ponto: “branding”. A palavra ecoa em salas de reunião com ar-condicionado no tal do San Pedro Valley e em apresentações de Powerpoint de jovens consultores. Promete mundos e fundos, um lugar ao sol na mente e no coração do consumidor. Mas, quando descemos do Sion para a realidade pulsante do comércio na Rua da Bahia ou de uma pequena indústria em Contagem, o que sobra dessa conversa? É estratégia de sobrevivência ou apenas mais um luxo para poucos?
Há anos que cubro a economia de Minas e, para ser sincero, sempre olhei com um pé atrás para esses termos importados que chegam como a solução de todos os problemas. A verdade, no fim das contas, é que o buraco costuma ser mais embaixo. Branding não é feitiçaria. É construção. E em Belo Horizonte, essa construção acontece sobre um terreno muito particular.
A Capital dos Bares e… das Marcas?
BH vende, sem muito esforço, a imagem da capital dos bares, da hospitalidade, do pão de queijo que conforta a alma. Uma identidade forte, quase um clichê. Para uma empresa que nasce aqui, isso pode ser uma bênção ou uma armadilha. Usar a “mineiridade” como pilar da marca parece o caminho mais fácil. Afinal, quem não gosta?
O problema é quando a receita desanda. Quando o “jeitinho mineiro” vira uma fantasia mal-acabada, um verniz que não resiste ao primeiro arranhão no atendimento ao cliente ou na qualidade do produto. “Olha, no começo a gente… a gente pensou em colocar um ‘trem’ no nome, usar muito o ocre, sabe? Mas e aí? Se o meu serviço de TI é ruim, o cliente não vai pensar ‘ah, que simpático esse nome mineiro’. Ele vai é ficar bravo e com razão”, me confidenciou, quase num desabafo, o fundador de uma startup de tecnologia durante um café na Savassi.
A fala dele é o retrato perfeito do desafio. A cultura local é um tempero poderoso, mas não pode ser o prato principal. A essência do negócio, a sua real entrega de valor, precisa vir primeiro. A identidade visual e o tom de voz são a roupa, não o corpo.
Branding não é (só) um Logotipo Bonito
É preciso desmistificar uma coisa de uma vez por todas. Muitos empresários, principalmente os de pequeno e médio porte, ainda confundem branding com a criação de um logotipo. É uma parte do processo, sim, mas talvez a menor delas. Branding é a gestão da percepção. É o que as pessoas sentem, falam e pensam sobre sua empresa quando você não está na sala.
É a diferença entre o cliente que volta para o seu restaurante porque “a comida é boa” e aquele que volta porque “ali eu me sinto em casa”. A comida boa é o produto. A sensação de “se sentir em casa” é a marca.
Para deixar mais claro, vamos colocar na ponta do lápis:
| Atividade de Marketing | Resultado de Branding |
|---|---|
| Criar uma campanha de Dia das Mães com 20% de desconto. | Ser a marca que as pessoas lembram primeiro quando pensam em presentear a mãe. |
| Patrocinar um post de um influenciador digital. | Construir uma reputação de que sua empresa entende e apoia a cultura local. |
| Otimizar o site para aparecer no Google (SEO). | Ser percebido como a autoridade ou a referência confiável em seu setor de atuação. |
A Batalha Invisível no Dia a Dia
A teoria é bonita, mas e na trincheira? Uma padaria tradicional no bairro Floresta faz branding quando a atendente conhece o cliente pelo nome e já sabe que ele gosta do café mais forte. Isso é experiência. Um escritório de advocacia no Funcionários faz branding quando seus artigos são claros, objetivos e ajudam a comunidade a entender seus direitos, em vez de usar um juridiquês que ninguém entende. Isso é autoridade e confiança.
O trabalho de gestão de marca, portanto, é menos sobre momentos de grande inspiração criativa e mais sobre uma consistência quase obsessiva. Da resposta no WhatsApp ao design da embalagem. Do cheiro da loja à forma como o problema de um cliente é resolvido.
O Campo de Batalha Digital
Hoje, grande parte dessa guerra de percepções acontece online. Não adianta ter a loja mais charmosa de Lourdes se o seu perfil no Instagram é um deserto de ideias e o seu site demora uma eternidade para carregar. O digital não é mais um “extra”. É o principal cartão de visitas, o primeiro aperto de mão.
É aqui que uma estratégia de marketing digital bem amarrada se torna crucial. Não para fazer posts bonitinhos, mas para traduzir a alma da marca para o ambiente online. É responder rápido, é mostrar os bastidores, é criar conteúdo que ajude de verdade, é ser transparente nas crises. Cada post, cada story, cada resposta a um comentário constrói ou destrói um tijolo na percepção da sua marca.
A conclusão é inevitável. Em Belo Horizonte, como em qualquer outro lugar, branding deixou de ser um item na lista de “se sobrar dinheiro”. Virou uma questão de relevância. De sobrevivência. Em um mercado cada vez mais barulhento, não basta ter um bom produto. É preciso ter uma voz. E mais do que isso: é preciso que as pessoas queiram ouvir o que essa voz tem a dizer. O resto é só conversa para boi dormir.
FAQ: Perguntas Frequentes sobre Branding
O que é branding, em termos simples?
Pense no branding como a reputação do seu negócio. É a soma de todas as experiências, percepções e sentimentos que as pessoas têm sobre sua empresa. Vai muito além do logotipo e das cores; é sobre a promessa que sua marca faz e, mais importante, se ela cumpre essa promessa no dia a dia.
Minha empresa é pequena. Preciso mesmo investir em branding?
Sim, talvez até mais do que uma grande corporação. Para uma empresa pequena, o branding é o que a diferencia da concorrência. Não se trata de gastar rios de dinheiro, mas de ser consistente. O bom atendimento, a qualidade do produto e a forma como você se comunica já são os pilares do seu branding.
Qual a diferença entre branding e marketing?
Marketing são as ferramentas e ações que você usa para promover seu negócio (anúncios, redes sociais, promoções). Branding é o porquê, a estratégia por trás de tudo. Marketing é o megafone, branding é a mensagem que você grita nele. Um bom marketing com um branding fraco é apenas barulho. Uma boa estratégia de branding guia todas as ações de marketing para construir uma reputação sólida a longo prazo.
Quanto tempo leva para construir uma marca forte?
Não há atalhos. Branding é um processo contínuo, uma maratona, não uma corrida de 100 metros. Leva tempo para construir confiança e uma reputação positiva. Os resultados não são imediatos, mas são duradouros e defendem seu negócio contra a concorrência por preço e as oscilações do mercado.
Para mais informações sobre o cenário de negócios e empreendedorismo em Minas Gerais, consulte portais de notícias como o G1 Minas.

Eduardo Esquivel: O Estrategista Digital que Domina o Google
Com mais de 17 anos de experiência e um olhar pioneiro no mercado de otimização de buscas, Eduardo Esquivel se consolidou como uma das principais referências em Marketing Digital e, especialmente, em SEO (Search Engine Optimization) no Brasil. De origem panamenha e radicado em Belo Horizonte, Esquivel é o nome por trás da seobh.org e CEO da Goomarketing, agências com as quais tem redefinido os rumos do posicionamento online para empresas de alta competitividade.